Durante operações de içamento, a proteção das cintas e a integridade da carga são preocupações constantes. Um dos acessórios mais subestimados — mas absolutamente essenciais — é o quebra quinas. Seu papel é proteger as cintas contra cortes, abrasão ou esmagamentos causados por bordas vivas ou raios de curvatura inadequados.
Por que usar quebra quinas?
Cintas de poliéster, muito utilizadas em içamentos, possuem alta resistência à tração, mas são vulneráveis ao contato com superfícies cortantes ou estreitas. O quebra quinas atua como uma barreira entre a cinta e a borda da carga, distribuindo melhor a pressão e evitando o desgaste localizado que pode causar falhas catastróficas.
Quina viva x canto vivo: entenda a diferença
Uma quina viva é uma borda afiada ou com ângulo fechado, capaz de cortar a cinta durante o içamento. Já o canto vivo ocorre quando o raio de apoio é menor que o recomendado para a largura da cinta — mesmo que esse canto seja arredondado. Por exemplo, usar uma manilha pequena com uma cinta larga cria um ponto de flexão excessiva que pode romper o material sem aviso.
Ambas as situações exigem o uso de quebra quinas, pois o dano pode ocorrer tanto por corte quanto por esmagamento. Proteger a cinta é proteger a operação.
Tipos de quebra quinas disponíveis
Existem vários modelos no mercado, feitos de madeira, plástico, borracha ou aço. O modelo ideal depende do tipo de carga, peso, formato e da área de contato. O mais importante é que ele seja firme, compatível com a superfície da carga e fácil de posicionar, evitando deslizamentos durante o içamento.
Consequências de ignorar essa proteção
Operações sem quebra quinas estão sujeitas a cortes repentinos da cinta, queda de carga, danos materiais e, o pior, acidentes com vítimas. Além disso, é uma exigência comum em áreas industriais, onde auditorias de segurança podem reprovar todo um processo por negligência em um detalhe tão simples.
Conclusão: mais que acessório, é item de segurança
Investir em quebra quinas é investir em segurança, longevidade das cintas e confiança na operação. Todo operador responsável deve carregar esse item junto aos seus equipamentos. Afinal, melhor do que corrigir acidentes é garantir que eles nunca aconteçam.